domingo, 26 de junho de 2011

Goritzy, Ilha de Kizhi, Mandrogui

Chegamos pela manhã a Goritzy e como não poderia ser de outro modo, a primeira coisa vista quando deixamos o navio foi a feirinha de barracas, principalmente com vestimentas de pele, especialidade do lugar. Chapéus de todo o tipo, cachecóis, casacos femininos e masculinos, coletes, enfim todo o imaginário em pele, coisas lindas mas caras. Com o ônibus e Dmitri, partimos para o Mosteiro de São Cirillo, a 7 km do cais.
Cirillo, monge que viveu no século IX, foi um grande propagador da religião ortodoxa e criou um alfabeto que se adaptava, na época, às linguas eslavas faladas na região, o alfabeto assim chamado cirílico em sua homenagem e vigente até hoje na língua russa. Diz-se que ao caminhar pela região onde hoje está o mosteiro, teve uma visão da Virgem Maria que lhe ordenou que construísse uma igreja. Ergueu então ali uma modesta construção que, no século XIV, alguns séculos depois de sua morte deu origem ao mosteiro de São Cirillo. Vejam a foto externa. Essa é apenas uma pequena parte. Ele é imenso.


Em um dos edifícios do mosteiro que visitamos, uma espécie de museu com belíssimas pinturas e afrescos, havia um quadro da Virgem Maria com o menino Jesus, o mais lindo que já vi em toda a minha vida. Tentei conseguir uma réplica na loja do mosteiro, sem sucesso. E também não pude tirar foto porque era proibido fotografar as pinturas. Mas era uma lindeza e me deixou emocionada. Voltamos ao navio passando antes por uma sessão de compras na feirinha.
Seguimos para a ilha de Kizhi, situada no lago Onega, o segundo maior da Europa. Essa ilha está situada a 500 km do Círculo Polar Ártico - imaginem só o frio, um horror. Lá existem construções de madeira tombadas pela Unesco, a maior delas, a Igreja da Transfiguração, construída com toras de pinheiro encaixadas em sentido horizontal, sem pregos ou parafusos. Realmente impressionante. Vejam.


A igreja menor, da Intercessão, que visitamos possui belos ícones, esses sim pude fotografar. Ícones são as pinturas em parede existentes nas igrejas ortodoxas. Vejam um exemplo.


Após Kizhi, rumamos para Mândrogui, um lugarzinho meio inóspito, com algumas construções em madeira e onde foi-nos servido um churrasco russo - carne de porco, de frango ou vegetais na brasa, à sua escolha - com muita vodka, vinho e música.


Bem, foi tudo o que se viu pelo interior da Rússia. Ainda no navio, tivemos um jantar temático, todos vestidos de pirata, muito animado e também a festa de despedida, com apresentação de canto e dança de brasileiros, franceses, espanhóis e dinamarqueses. A seguir, o ponto final do passeio e a cidade mais linda de todas, São Petersburgo.

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