domingo, 26 de fevereiro de 2012

AVENTURAS AMERICANAS: ORLANDO II - Universal Studios

Depois de buscarmos Helena no aeroporto às 22h, chegamos ao hotel, exaustas, mais de meia-noite e no dia seguinte deveríamos acordar cedo para ir à Universal Studios - Island of Adventures, o primeiro parque e o mais esperado porque nele está o complexo de Harry Potter, do qual somos fãs incondicionais, lemos todos os livros e assistimos a todos os filmes. Portanto, a expectativa era grande.
Após um lauto breakfast no hotel - Helena não fica, de jeito nenhum, sem café da manhã sob pena de um pitoresco mau-humor - aliás, é exatamente o que acontece comigo se não almoço até determinado horário, portanto, genes familiares - rumamos para o parque. Tudo muito bem organizado, a começar pelo estacionamento, pago é claro, mas amplo, bem sinalizado, com atendentes a orientar sobre o local de parada. 
Logo na entrada, como área comum aos dois parques, "citiwalk", uma cidade cenográfica com diversas lojas, restaurantes,cafés, bares, inclusive com shows noturnos e um grandioso Hard Rock Cafe. Um detalhe interessante, principalmente na Universal Studios e não tanto na Disney,é a grande quantidade de pessoas idosas, umas bem idosas até, ali trabalhando,na orientação dos estacionamentos, na revista das bolsas, na bilheteria, nas catracas de entrada, nos balcões de informação e mesmo nos brinquedos. 
Nesse primeiro parque, Island of Adventures, dois complexos merecem descrição. No primeiro e mais aguardado, Harry Potter,entra-se em Hogsmead, exatamente como nos filmes,casinhas baixas e cinza com lojinhas temáticas, alguns brinquedos emocionantes, tipo montanha russa e até a cerveja amanteigada,vendida por dois estudantes brasileiros - descobrimos - e que é uma delicia por sinal. Chega-se, por fim, à escola de Hogwarts, um magnífico castelo, também igual ao do filme, onde, ao caminhar, encontramos os quadros que se movem e falam,por efeitos digitais os tres personagens principais em suas aventuras, a mulher gorda que guarda a entrada de Grinfindor, enfim muitos dos detalhes conhecidos dos leitores da obra.Um show. No final, o brinquedo mais emocionante, a simulação de uma partida de quadribol. Não tive coragem de entrar, porque fico tonta e enjoada - além do medão, é claro - mas as meninas foram e adoraram. Recomendo. 
O segundo complexo que merece menção é o do Popeye. Entra-se em uma espécie de balsa inflável e se percorre uma corredeira, com quedas bruscas, curvas em alta velocidade e muitas cachoeiras. É o máximo, mas como resultado saímos ensopadas da cabeça aos pés. Ainda bem que o dia estava quente e na saída, por US$5 entra-se em grupo em um secador de ar quente mas que acaba por secar muito pouco porque a roupa fica encharcada. Meu passaporte quase desmanchou e tive de secá-lo com secador de cabelo, mas mesmo assim ficou um pouco retorcido. Para quem for nesse brinquedo, recomenda-se que vista uma capa de chuva plástica, com capuz e não leve bolsa. Assim mesmo molha, mas é ótimo.
Já o percurso do segundo parque da Universal, visitado em outro dia, parece uma cidade cenográfica como se estivéssemos dentro de um filme, inclusive uma área completa com prédios e praça de Nova York da década de 20. Os principais brinquedos são a montanha russa da Múmia - não fui, mas as meninas gostaram, o simulador dos Simpsons e filmes 3D como o Shrek.Logo na entrada há uma montanha russa altíssima e violenta, mas nem Maria Christina, que gosta de tudo, quis ir. Helena e eu não gostamos de quedas verticais de altura, portanto nem pensar. 
Por fim, um dos que mais gostei na Universal, mas não me lembro se no primeiro ou no segundo parque: o simulador do Homem Aranha, em 3D. Não é só um simulador, o carrinho também anda, escala prédios e gira rápido. É o máximo, os personagens pulam na sua frente,  você sente o calor do fogo, recebe água quando chove, enfim, o melhor de todos para o meu gosto. Muito emocionante e muito bem feito.
Continuem acompanhando nossas aventuras. Não percam os próximos capítulos.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

AVENTURAS AMERICANAS: ORLANDO I - Primeiras Peripéciass

No dia 24 de janeiro, embarcamos à noite, Maria Christina, minha filha e eu, rumo a Orlando, Florida, pela American Airlines, com conexão em Miami. Voo bastante agitado - chacoalhou muito - agravado pelas nossas emoções, a minha por encarar uma terra estranha, já que se passaram 40 anos de minha estada por lá. E de Maria Christina, por ainda não conhecer os Estados Unidos. Era seu "début". Minha filha mais velha, Helena, também iria, só que em outro voo, no dia 25, chegando à noite em Orlando. 
Estávamos com tudo reservado e pago, hotel, carro e ingressos para a Disney World e para a Universal Studios. Não haveria tempo hábil para outros parques. 
Chegamos em Miami por volta das 4 horas da manhã, horário local, 3 horas a menos do horário brasileiro. Aeroporto monumental - será que só os nossos são ruins, pequenos e superlotados? - andamos um bocado e tivemos que tomar um shuttle (trem suspenso) para chegar à área de malas e de imigração. Nesta, nos deparamos com um rapaz jovem, bonito e agradável - situação inusitada já que esperava uma recepção hostil à vista do tratamento dispensado pelos consulados americanos na concessão de vistos. Fez as perguntas de praxe, tirou as nossas impressões digitais - de todos os dedos - brincou um pouco com Maria Christina que fala um inglês perfeito - eu nem tanto, só para o gasto - e nos desejou uma ótima estadia. Surpresa e bem impressionada, pegamos nossas malas e aguardamos algumas horas até o voo para Orlando que sairia às 8 horas. 
Após desembarcar em Orlando, por volta das 9 e pouco, aí sim, a minha boa impressão começou a mudar. Tinha reservado um carro do tipo compacto, com GPS - imprescindível para quem vai guiar em lugar estranho -  na empresa Alamo. A atendente,  de origem hispânica e com cara enfesada, disse que nossas malas não caberiam nesse carro, era pequeno. E que ela me daria um "up grade" para um carro maior, mediante um pagamento de "apenas" US$ 200. Achei um absurdo e não aceitei, dizendo que daríamos um jeito. De muito má vontade e com cara mais enfesada ainda, ela nos encaminhou à garagem. Lá chegando, o senhor que nos atendeu, muito gentil, disse que poderíamos escolher qualquer um dentre uns seis modelos diferentes, inclusive SUVs. Escolhi um Toyota Yares, carro sedã médio e ótimo, econômico, macio, fácil de dirigir. Gente, se a locadora de veículos quiser cobrar por um "up grade" - dizem que todas fazem isso - não paguem porque você poderá escolher um dentre muitos modelos.
Saindo do aeroporto e guiados pelo GPS acionado por Maria Christina, nos dirigimos ao hotel Rosen Inn, na International Drive, principal avenida de Orlando, onde tínhamos reservado 10 diárias. No hotel, outro bafafá: a recepcionista disse que estavam com "overbooking" e não havia vaga, apesar de minha reserva ter sido paga há mais de dois meses. Bom, vocês não acreditam no escândalo que aprontei, em inglês, espanhol e português, em altos brados. Juntou gente - o hotel estava lotado - a grande maioria de brasileiros para saber o que estava acontecendo. O gerente que até então estava sentado e não tomara conhecimento de nossa situação, levantou-se alarmado e disse que nos mandaria para outro hotel da rede, melhor ainda - o Clarion Inn em Lake Buena Vista, perto da Disney. Diante da oferta me acalmei e liguei, a cobrar, para a agência de turismo no Brasil que fizera a reserva, para relatar os fatos e perguntar sobre o novo hotel, se era decente.  Disseram-me que sim, que era um bom hotel e a localização excelente. Peguei o endereço, não sem antes obrigar a recepcionista a telefonar para o Clarion Inn, confirmando a vaga. Este novo hotel, distante de onde estávamos, fica num local espetacular, em frente a  enorme outlet - Premium - rodeado de bons restaurantes e coffee shops e muito perto de Downtown Disney, onde estão os restaurantes e lojas dessa marca. O quarto, com duas camas de casal antigas, banheiro razoável, com micro-ondas, geladeira e cafeteira. Um duas estrelas, não mais que isso. Em compensação, enorme parking gratuito e café da manhã variado, estilo buffet, pagando um se ganhava um grátis. Ficava em conta.
Passamos o resto da tarde no outlet e à noite, voltamos ao aeroporto para buscar Helena, que chegaria às 22 h. Não percam o próximo capítulo que trata dos parques.