domingo, 26 de junho de 2011

Goritzy, Ilha de Kizhi, Mandrogui

Chegamos pela manhã a Goritzy e como não poderia ser de outro modo, a primeira coisa vista quando deixamos o navio foi a feirinha de barracas, principalmente com vestimentas de pele, especialidade do lugar. Chapéus de todo o tipo, cachecóis, casacos femininos e masculinos, coletes, enfim todo o imaginário em pele, coisas lindas mas caras. Com o ônibus e Dmitri, partimos para o Mosteiro de São Cirillo, a 7 km do cais.
Cirillo, monge que viveu no século IX, foi um grande propagador da religião ortodoxa e criou um alfabeto que se adaptava, na época, às linguas eslavas faladas na região, o alfabeto assim chamado cirílico em sua homenagem e vigente até hoje na língua russa. Diz-se que ao caminhar pela região onde hoje está o mosteiro, teve uma visão da Virgem Maria que lhe ordenou que construísse uma igreja. Ergueu então ali uma modesta construção que, no século XIV, alguns séculos depois de sua morte deu origem ao mosteiro de São Cirillo. Vejam a foto externa. Essa é apenas uma pequena parte. Ele é imenso.


Em um dos edifícios do mosteiro que visitamos, uma espécie de museu com belíssimas pinturas e afrescos, havia um quadro da Virgem Maria com o menino Jesus, o mais lindo que já vi em toda a minha vida. Tentei conseguir uma réplica na loja do mosteiro, sem sucesso. E também não pude tirar foto porque era proibido fotografar as pinturas. Mas era uma lindeza e me deixou emocionada. Voltamos ao navio passando antes por uma sessão de compras na feirinha.
Seguimos para a ilha de Kizhi, situada no lago Onega, o segundo maior da Europa. Essa ilha está situada a 500 km do Círculo Polar Ártico - imaginem só o frio, um horror. Lá existem construções de madeira tombadas pela Unesco, a maior delas, a Igreja da Transfiguração, construída com toras de pinheiro encaixadas em sentido horizontal, sem pregos ou parafusos. Realmente impressionante. Vejam.


A igreja menor, da Intercessão, que visitamos possui belos ícones, esses sim pude fotografar. Ícones são as pinturas em parede existentes nas igrejas ortodoxas. Vejam um exemplo.


Após Kizhi, rumamos para Mândrogui, um lugarzinho meio inóspito, com algumas construções em madeira e onde foi-nos servido um churrasco russo - carne de porco, de frango ou vegetais na brasa, à sua escolha - com muita vodka, vinho e música.


Bem, foi tudo o que se viu pelo interior da Rússia. Ainda no navio, tivemos um jantar temático, todos vestidos de pirata, muito animado e também a festa de despedida, com apresentação de canto e dança de brasileiros, franceses, espanhóis e dinamarqueses. A seguir, o ponto final do passeio e a cidade mais linda de todas, São Petersburgo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Caminho para São Petersburgo - As Eclusas e as Atividades no Navio

Nunca tinha passado por uma eclusa nem mesmo visto alguma. Elas estão no Canal de Panamá, no Canal de Suez e até mesmo no rio Tietê, em Barra Bonita. Mas como nunca estive em nenhum desses lugares, não sabia qual era a sensação. Pois bem, de Moscou a São Petersburgo, atravessando alguns rios e lagos, existem 17 eclusas, tanto para subir como para descer. A eclusa é um elevador, com portões que se abrem para o navio entrar, um de cada vez, porque o espaço é apertado. Quando o navio entra os portões se fecham e a embarcação fica ali encaixada. Se o desnível do rio é para baixo, o elevador vai descendo conforme a água vai saindo por comportas. Chegando no nivel baixo, as portas da frente da eclusa se abrem e o navio sai, seguindo seu curso normal. Se ao contrário, o desnível do rio for para cima, o elevador sobe com a entrada da água pelas comportas que vão enchendo o espaço. Quando chega no nível mais alto, as portas da frente se abrem e o navio sai. No começo, é bem curioso e diferente, mas depois da quarta ou quinta não desperta mais curiosidade porque todas são iguais.
Dentre as atividades de que participei, as mais interessantes foram a aula de língua russa, com o aprendizado do alfabeto cirílico, cheio de letras, símbolos e números e também de algumas expressões usadas no quotidiano, tais como "spassíba" (obrigada), "dobre utra" (bom dia), "priviét" (olá) e outras. Esclareça-se que esse é o jeito da pronúncia, mas a escrita é completamente diferente. Dificílimo para nós latinos.
Outra atividade interessante foram as aulas de história da Rússia ministradas por Dasha, uma das guias de menos de 30 anos, altamente politizada e corajosa. Destemida, fazia críticas abertas aos regimes totalitários através dos quais se desenvolveu a história russa, desde o czarismo, praticamente feudal e escravocrata, passando pela revolução bolchevique de 1917, que trouxe a industrialização, o progresso, fez da Rússia uma potência mundial. Mas a custa da liberdade do povo e de milhões de vidas sacrificadas, principalmente na época de Stalin. Até o momento presente, insatisfatório sobretudo para os jovens. A perestroika, tão ansiosamente aguardada pelo povo russo, foi violenta e sacrificou a vida de muitos para quase nada. O regime permanece totalitário, sob o comando de um só homem. Há uma pequena elite bilhardária que enriqueceu adquirindo empresas estatais a preço de banana na época das privatizações, enquanto a grande massa popular continua pobre e luta com dificuldade. Em compensação, o ensino é de primeira, gratuito, as universidades, de muito boa qualidade, formam bons profissionais que nem sempre conseguem empregos adequados porque a moeda vale pouco e os salários são baixos. Um rublo, a moeda circulante, vale R$ 0,06 de real, mas o custo de vida não é barato. O sistema de saúde é bom, setorizado por regiões, com médicos de família e consultas sem grande espera.
No próximo post, a visita ao mosteiro de São Cirillo.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A noite do medo e Yaroslavl

Partindo de Uglich e após o jantar, tivemos a nossa costumeira sessão de canto, regida por Maria Lucia e fomos dormir em torno de meia-noite. Por volta de 3 horas da manhã acordei assustada com uma forte batida do navio em algo, seguido de um sacolejo. O que é isso? perguntou-me a também assustada Angelica. Não sei, respondi, mas vou saber. O apito de emergência para salvamento não soou e o barco não parou após a batida, apesar de ter diminuído a velocidade. Minha cabine ficava perto do hall de entrada e para lá me dirigi, juntamente com outras pessoas que tinham acordado, mas ninguém sabia de nada. Alguns marinheiros passavam apressados sem dar informações, até que um deles disse ao dono da agência promotora da excursão e que falava russo, que o navio havia batido em um tronco sem ocorrência de maiores danos, a não ser estragos na pintura. Todos poderiam voltar às cabines porque tudo estava em ordem. Assim fizemos, com alguma desconfiança. Seria verdade?  O resto da curta noite - amanhecia em torno de 4.30h e anoitecia por volta das 23h - foi insone e com medo. O fato é que nunca tivemos uma informação precisa do ocorrido. Todas as respostas eram evasivas, inclusive a do capitão do navio.
Chegamos a Yaroslavl ainda pela manhã, atualmente uma cidade média com pouco mais de 500.000 habitantes, mas que abrigou grande parte da nobreza russa por ocasião da invasão de Napoleão a Moscou. Demos uma volta de ônibus pelo centro, com nosso guia Dmitri, parando em um mirante à beira do rio Volga para apreciar a linda paisagem.


Em seguida visitamos o palácio do antigo governador que hoje é um museu histórico da região. Fomos recebidos por moças vestidas a caráter que nos guiou, uma delas,pelo espaço, com esplêndidos salões ricamente mobiliados, belos quadros e magníficos objetos de arte. Por fim, entramos no salão de baile onde presenciamos uma amostra das grandes festas da época. As guias, como disse, vestidas a caráter, dançaram o minueto e depois a valsa, tudo ao som de um conjunto de senhoras que tocavam violino, violoncelo e piano. Muito bonito e diferente.


Após o museu passeamos por um belo e grande jardim, onde se situava uma das mais importantes igrejas da cidade e também fomos a um mercado aberto, parecido com os que temos por aqui. Na saída do mercado e já no ônibus para voltar ao navio, um incidente. Faltava uma pessoa, a Giselda, uma carioca baixinha e gordinha. Dmitri, nervoso, voltou ao mercado e procurou por ela em todos os outros ônibus. E nada. Não podíamos esperar mais porque o navio partiria. Voltamos ao barco, todos preocupados e lá soubemos que o pessoal de outro navio que sairia duas horas depois do nosso, havia encontrado a Giselda, meio perdida no centro da cidade. E que ela embarcaria nesse outro navio para encontrar-nos na próxima parada. Dmitri respirou aliviado e não perdeu a Giselda de vista pelo resto da viagem. Quando ela retornou a nosso navio e entrou no restaurante na hora do almoço, recebeu uma grande salva de palmas.
Próxima parada, Goritsy e o Mosteiro de São Cirilo.

domingo, 19 de junho de 2011

Navegando para Uglich

No segundo dia de navegação, logo pela manhã, tivemos um exercício de salvamento. A um apito estridente, colocamos um colete salvavidas, laranja berrante que estava nas cabines e subimos para o deck superior, tudo no mínimo espaço de tempo possível. A reunião no deck era só para fotos e filmagem, todo mundo laranjinha.
Algumas considerações sobre o navio. Na verdade era um grande barco com cabines, relativamente confortáveis, dois bares na proa, em andares diferentes, dois restaurantes, um bem grande que servia os brasileiros, e outro, menor, no andar de cima, para franceses, espanhóis e dinamarqueses. Havia também um salão de festa no último andar e o deck de popa onde apreciávamos a paisagem em lindos dias de sol. A diversão era pouca. Uma cantora jovem e bonita, com um corpão e pouca voz,  a despertar os olhares cobiçosos dos "veinho". Um conjunto folclórico de tres pessoas, razoável, o único excelente era o rapaz instrumentista da balalaika, jovem que deu show com o instrumento. À noite, na discoteca, colocavam aquela música martelante -tum tum tum tum tum - que ninguém aguentava. Então nos reuníamos, muitas mulheres e poucos homens que gostavam de cantar, sob a regência da Maria Lucia, que tinha uma bela voz e fazia parte de um conjunto de seresta em Belo Horizonte. Assim, aproveitamos esse período de navegação para por o sono em dia, porque desde o dia da chegada havíamos dormido quase nada, sem se falar do efeito jetlag por causa das sete horas de diferença no fuso horário.
Por volta da hora do almoço, chegamos a Uglich, pequena cidade com muita história.
Descemos do navio com nosso novo guia Dmitri e fomos caminhando por uma grande feira de artesanato, colírio para os olhos, mas que ficaria para o final da visita, disse Dmitri. Uglich surgiu à beira do rio Volga, por onde navegávamos, no final do século X e foi palco de uma tragédia entre tantas ocorridas na Rússia. |Lá foi assassinado, no século XVI,  o filho mais novo, com apenas 10 anos de idade, do tzar Ivan o Terrível. Como ele era o último representante da dinastia Rurik que reinou na Rússia até então, após sangrentas lutas pelo poder, foi nomeado um Romanov como czar, por um conselho de nobres. Os Romanov reinaram até serem dizimados pela revolução bolchevique em 1917. A criança assassinada foi canonizada, no ritual ortodoxo, claro, e no local de seu assassinato foi construída uma pequena e linda igreja, Dmitry (era o nome dele) no Sangue. Vejam.


Após, fomos à Igreja da Transfiguração, maior, onde fomos recebidos por um coral, composto de quatro jovens cantores excepcionais, todos homens, uma maravilha, eles brincavam com os variados tons de voz. Dava vontade de nunca mais parar de ouvi-los.


Como se vê pelas fotos, esses momumentos ficavam numa imensa área verde por onde passeamos bastante, sempre com Dmitri, nosso guia, a nos relatar os acontecimentos históricos ali ocorridos. Por fim, para alegria de todos, retornamos à feira de artesanato, passando antes por uma loja de relógios fabricados no local e objetos pintados a mão, lindíssimos. Nessa feira, encontrei, em meio a matriochkas, roupas típicas e souvenirs de todo tipo, aquele chapéu de pelo grosso com orelhas, típico da Rússia e que tinha sido encomendado por Gregory, um de meus genros. Um luxo o chapéu. Celia, então fez a festa, comprou até não poder mais, presentes para todos... e para ela também, claro. Como uma ativista de esquerda consegue ser tão consumista, perguntei-lhe brincando. Ah, devemos sempre tirar proveito do regime vigente, respondeu-me. Voltamos ao navio, carregadas de sacolas para almoçar e prosseguir para a próxima cidade, Yaroslavl.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Moscou - Segundo Dia

Ufa, o primeiro dia foi tão intenso que parecia estarmos em Moscou há muitos dias. Mas foi só um, muito bem aproveitado. O segundo dia, pela manhã, foi livre e saímos bem cedo do barco em direção à Praça Vermelha. Eu queria olhar as lojas e fazer umas comprinhas. Celia estava louca para visitar o mausoléu de Lenin. Tentaria de novo.
Quando lá chegamos, nos separamos e cada uma seguiu sua direção. Em Moscou há vários shoppings centers subterrâneos, muito provavelmente por causa do frio insuportável. Por baixo da Praça Vemelha, há um deles com mais de tres andares subterrâneos - só andei por dois, não deu tempo de ver mais. Era tão imenso que chegou uma hora em que pensei estar perdida, não sabia por onde havia entrado. Parei, respirei profundamente e tentei me localizar. Pedir informação, sem chance. O pessoal só fala russo. Nas lojas, quando vc pergunta "do you speak english?", todas as vendedoras saem correndo para chamar a única que fala "a little" - mas muito "little" mesmo. Apesar da dificuldade de comunicação, consegui comprar algumas "cositas" interessantes e baratas. A seguir, a foto de um café nesse shopping. Vejam que delícia é o alfabeto russo para nossa compreensão e reparem na bela escultura à frente do café. Ha diversas esculturas e lindos lustres espalhados por todo o espaço.


No horário marcado pela guia, nos encontramos em frente à Praça para voltar ao navio, que sairia proximamente. Celia estava triste, o mausoléu de Lenin continuava fechado para visita. Ela até tentou entrar mas topou com os olhares ferozes dos guardas. Desistiu. Mas em compensação, comprou lindos objetos artesanais numa feirinha ali perto. Miniaturas de ovos Fabergé, matriochkas, recipientes para vodka com emblemas do tempo soviético e outros. Tudo bem barato.
Durante o almoço, o navio saiu, navegando por um canal estreito e passando por esplêndidas residências localizadas de ambos os lados do rio, as famosas "dachas", casas de campo dos russos endinheirados. Fomos ao deck superior para apreciar a paisagem, uma vez que o dia estava belíssimo, com sol e céu azul, apesar de um pouco frio.


Mais à tarde, no mesmo deck, o capitão do navio e toda a tripulação nos foram formalmente apresentados, com um brinde de champagne e um pequeno show folclórico. No dia seguinte, pela manhã haveria um treino de salvamento, antes de chegarmos à primeira cidade a ser visitada, Uglich.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Moscou à noite

Antes de sairmos para a excursão noturna, um parêntese, nenhuma notícia de minha mala extraviada. Comecei a me preocupar porque no dia seguinte iríamos partir. Sorte que nessas horas sobra solidariedade. Celia cedeu-me seu desodorante, Maria Lucia que possuia uma farmácia ambulante me deu alguns remédios, Angelica colocou seus objetos de uso pessoal à minha disposição. Ainda bem que escova de dentes e pasta dental estavam na bolsa de mão e não foram perdidas.
Enfim partimos para ver Moscou à noite. Uma beleza, tudo iluminado, compete com Paris, é mais bonita de noite do que de dia. Primeiramente, passamos por um conjunto de fontes luminosas em meio a lindo jardim de tulipas. As cores iam mudando conforme a dança das águas.


Em seguida visitamos os jardins onde fica o lago dos cisnes, justamente o lugar que inspirou Tchaikowsky a compor a linda música do famoso ballet. A construção em meio ao magnífico jardim e lago é um convento medieval para onde foram mandadas várias esposas de czares russos. Pois é, quando o czar enjoava da mulher e se apaixonava por outra, mandava a esposa para o convento onde ela permanecia até a morte. Assim, ele ficava livre para casar de novo, tantas vezes quantas quisesse. Nunca foi fácil ser mulher, muito menos na época medieval. Em compensação, a Rússia teve Catarina, a Grande, a maior czarina de todos os tempos e que mandou matar o marido, Pedro III, quando soube que ele a mandaria para o convento para poder casar-se com outra. Legítima defesa, diriam alguns advogados.
A próxima parada, após passarmos por inúmeras ruas cheias de luzes e de gente, principalmente a rua Arbat, aquela que ferve à noite, foi na Praça Vermelha, onde começaríamos a visitar estações do metro. O frio intenso foi barrado pelo forte aquecimento ao entrarmos na primeira estação.
O metro de Moscou foi iniciado na época de Stalin, a partir de 1930 e suas grandiosas estações, principalmente as construídas entre 1930 e 1950,  com muito mármore, belas esculturas, mosaicos coloridos entremeados com fios de ouro, pinturas, celebram o poder do povo e a revolução bolchevique. Visitamos quatro estações, todas contendo um grande corredor central, como se fosse um salão ricamente ornamentado, com os trens passando dos dois lados. É de cair o queixo.
As estações são muito profundas, com imensas escadas rolantes e serviram algumas de abrigo ao povo por ocasião dos intensos bombardeios na 2a. Guerra Mundial. São ao todo, hoje, quase 300 km de linhas, uma delas funciona como um ferroanel, em círculo sobre a parte central da cidade. Passeio imperdível para quem vai a Moscou.






Dá para ter uma idéia não? Após esse passeio, já de madrugada, voltamos para o barco e surprise..., minha mala fora entregue, estava na cabine, intacta. Que alívio.
A manhã seguinte seria livre para compras e à tarde partiríamos em direção a São Petersburgo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

O Kremlin

Kremlin que quer dizer fortaleza é um espaço enorme constituído de edifícios governamentais, inclusive o palacio do presidente da República, lindo, com telhado verde, mas que não se pode visitar. Museus, monumentos de toda a espécie e muitas igrejas. Na portal de entrada, após uma fila razoável, passamos por detector de metais e pelos olhares ferozes e invasivos dos guardas do Kremlin.
Pelo longo caminho a percorrer, encontramos monstruosos canhão e sino. Na Rússia, tudo é maior do mundo - mesmo que não seja. O canhão, de tão gigantesco e pesado - a respectiva bala deve ter aproximadamente um metro de diâmetro - nunca pode ser usado. Então foi colocado em exposição no Kremlin. Já o sino, equivalente a uma casa de dois andares, nunca pode ser erguido ou colocado em qualquer torre, pelo peso e tamanho. Ficou no chão, para deleite dos turistas.
Enfim chegamos à área das igrejas, ortodoxas, a principal delas que visitamos, a Igreja da Anunciação, onde foi coroado o famoso czar Ivan, o Terrível no século XVI e a partir do século XVIII, todos os imperadores russos foram coroados nessa igreja.



Um parêntese. A religião ortodoxa é semelhante à católica, porém independente do papa. No interior das igrejas não há bancos porque os fiéis devem assistir ao longo ritual em pé, não podem sentar-se. Nem mesmo os czares e família se sentavam, embora ficassem em um nicho à parte do povo. Não há imagens, somente quadros e pinturas representando Nossa Senhora, Jesus e os santos, quase todos nossos desconhecidos, tais como São Basilio, São Cirillo e outros.
Ao sair da deslumbrante Catedral da Anunciação, ficamos sabendo que havia uma exposição de obras de Fabergé, inclusive alguns dos famosos ovos,  em um museu bem perto da igreja. Como fazer para entrar? Julia, nossa guia, se dispôs a comprar os ingressos, mediante o pagamento de 300 rublos por parte de cada interessado. Assim foi feito.
Segundo parêntese. Os ovos produzidos por Peter Carl Fabergé e seus ourives, conhecidos como ovos Fabergé, são preciosas jóias, presente dos czares Alexandre III e Nicolau II para suas esposas por ocasião da Páscoa. Por fora são ovos de ouro, platina, brilhantes e outras pedras, mas se abrem e em cada interior há uma ourivesaria diferente, um castelo, uma carruagem, um animal, uma árvore de natal.  São jóias deslumbrantes que nos deixaram de queixo caído. Dos dez ovos que existem na Rússia, vimos cinco deles - não há um igual ao outro - e ainda diversas outras obras do famoso ourives, tais como colares, anéis, relógios de pulso e de mesa, pratos trabalhados.



Enfim uma exposição de sonho, inesquecível, após o que voltamos para o navio, para jantar. Haveria ainda uma excursão de Moscou à noite, com visita a estações do metrô. O que relatarei na próxima.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Impactante Praça Vermelha

Tudo é vermelho na Rússia, mesmo antes do regime soviético. A cor vermelha, segundo me lembro, está relacionada ao sucesso, à vitória, à hegemonia. A praça é vermelha, a bandeira soviética era vermelha, o exército soviético era o exército vermelho e até hoje a bandeira russa é branca, vermelha e azul.
Pois bem. A Praça Vermelha é algo difícil de descrever de tão grandiosa que é. Logo na entrada, ao lado do portal, cuja foto está no post anterior, há um enorme edifício vermelho que abriga o Museu Histórico. Magnífico.



Do lado esquerdo de quem entra, encontramos uma pequena igreja ortodoxa, um primor, por fora e por dentro. A seguir, uma enorme e linda construção de época que abriga um shopping center de luxo, com inúmeras grifes francesas, inglesas, americanas e outras. À direita, saindo do lado do Museu Histórico, está a grande muralha do Kremlin, fortaleza em russo, também vermelha. Caminhando um pouco ao longo da muralha, nos deparamos com o mausoléu de Vladimir Lenin, uma grande construção em mármore negro, meio em forma de pirâmide. Celia, como já disse, uma idealista e aguerrida ativista de esquerda, ficou emocionada. Queria visitar o túmulo a qualquer preço, mas justo nesse dia, ele estava fechado à visitação porque dois dias antes, em 9/5, houvera a comemoração da vitória na 2a. Guerra Mundial com desfile militar e homenagens no túmulo. Ficou muito frustrada, mas tentaria no dia seguinte.
Lenin, um dos grandes líderes da revolução bolchevique de 1917, está embalsamado nesse mausoléu e segundo nossa guia Julia, existe um staff próprio para cuidar do túmulo e dele, pois suas unhas crescem e devem cortadas, sua barba e cabelo também crescem e devem ser aparados. Despesas substanciais e cuidados com um morto enquanto milhares de vivos passam necessidade, diz nossa irônica guia Julia. Pelo que pude perceber, os jovens russos desaprovam tais vultosas despesas.
Por fim ao fundo da enorme praça, encontramos a catedral ortodoxa de São Basílio, toda colorida e maravilhosa.


Passamos grande parte da manhã na Praça Vermelha, explorando seus recantos. Perto da hora do almoço os guias reuniram os grupos para prosseguir no tour. Quase perdemos a nossa, Julia, que saira a jato - os russos são pontualíssimos e muito apressadinhos - enquanto estávamos no shopping à procura da toilette. Graças a Anastasía, aquela que nos fora esperar no aeroporto e que ficou conosco o tempo todo, conseguimos encontrar o resto do grupo e o ônibus. Prosseguindo no tour, passamos pela principal universidade pública de Moscou, cujo prédio principal era muito lindo. Em frente à universidade, paramos num mirante, com visão de boa parte da cidade e muitos camelôs, inclusive chineses falando russo e vendendo souvenirs. Eles estão por toda a parte.
Chegara a hora do almoço que, segundo a irônica Julia, aconteceria em um restaurante "tipicamente russo", o Hard Rock Cafe, almoço por sinal de péssima qualidade. Mas em compensação, o lugar ficava em calçadão - a Rua Arbat - pelo qual caminhamos bastante, com vários cafés e restaurantes, alguns típicos em toda a extensão. Uma graça. Pelo que soube, a região tem agitada vida noturna. Ferve à noite.
Agora, chegara a vez de visitar o Kremlin, capítulo à parte.





domingo, 12 de junho de 2011

Moscou - Primeiro Dia

O despertar ocorreu às 6.30h - tínhamos dormido pouco mais de uma hora - com passarinhos cantando e uma musiquinha suave. Cute. Após o café, fomos procurar nosso ônibus para sairmos em citytour. Lá fora havia uns dez ônibus, cada um com  lista de passageiros e um guia.
Um parêntese. A composição do navio era de cerca de 80% de brasileiros. Os outros 20% estavam divididos entre franceses, espanhois e dinamarqueses. Portanto, havia vários guias falando português, até muito bem, uma falando francês, outra espanhol e outra inglês.
Localizado nosso ônibus com a guia Julia, partimos para o centro da cidade, longe e com um trânsito caótico. No percurso Julia foi discorrendo sobre os estilos de construção, principalmente dos grandes prédios residenciais, todos de cor cinza, marron ou mais escuro, absolutamente iguais, com muitos apartamentos. Esse era o padrão vigorante no regime comunista, quase todos da época de Stalin, muito bem construídos, com unidades grandes e confortáveis, mas sem qualquer estilo arquitetônico. Raramente se via uma construção mais moderna, com vidros e cores, como temos por aqui. Assim as construções em Moscou são muito escuras e feias. A princípio, meio desanimador, apesar do dia radioso de sol e cêu azul, coisa rara por lá, segundo os guias. Até que, após mais de uma hora de percurso o ônibus nos deixou numa avenida próxima à praça Vermelha, em frente ao Teatro Bolschoi. É claro que tirei muitas fotos do teatro, lembrança dos meus velhos tempos de ballet. Como só tínhamos um dia e meio em Moscou e muita coisa para ver, não pudemos visitar o teatro. Que pena.


Justamente no passeio em que descemos do ônibus, em frente ao teatro nos deparamos com uma enorme escultura, em meio a um jardim florido, de Karl Marx, o grande ideólogo do sistema político que vigorou na União Soviética de 1917 ao final da década de 80. É claro que tiramos fotos. Celia, idealista e aguerrida ativista de esquerda, estava empolgada.
Fomos caminhando com a guia à nossa frente pelo jardim até chegarmos à entrada da famosa Praça Vermelha, que merece um capítulo à parte. Eis o portal de entrada.

                                                     
                                                

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Finalmente Moscou...

Após 3h e meia de voo, finalmente chegamos a Moscou... às duas horas da manhã - lá são sete horas a mais. Desembarcamos no aeroporto local, cujo nome não me lembro, passamos sem problemas pela imigração e fomos aguardar nossas bagagens. Todas as malas de nosso grupo chegaram, menos uma das minhas duas, justamente a que continha remédios, maquiagem, colares e brincos, desodorante, essas coisas de uso diário. Conversei com Bernadete, nossa guia, que me levou para o departamento de extravio de bagagem. Com muito custo, porque as moças mal falavam ingles, consegui preencher o formulário de constatação de extravio e identificação do formato da mala. Após alguns carimbos no formulário, a russa que estava me atendendo me mandou falar com um rapaz altíssimo e magro que parecia ser da Receita Federal de lá. Fez inúmeras perguntas  e mandou-me escrever várias coisas no formulário, tais como, objetos de uso pessoal, nada de valor significativo e outras de que não me lembro. Feito isso, bateu novo carimbo e mandou-me de volta para a primeira moça, que após conferência final, deu-me um papel com telefone de contato para informação sobre a localização da  bagagem - imaginem eu falando russo ao telefone!
Saímos, então, Bernadete e eu para o saguão do aeroporto, onde estavam minhas primas e amigos, todos preocupados com a ocorrência. Mas o que fazer, a não ser esperar por notícias boas. Lá estava também uma das guias do navio que fora nos esperar - Anastasía, uma russinha linda, de olhos claros, sorridente e o melhor, falando perfeitamente o português. Após trocarmos alguns euros por rublos, entramos no ônibus e rumamos para o porto fluvial, onde estava o navio.
Lá chegamos bem depois das 4h da manhã e fomos recepcionados no hall de entrada com música e por uma moça vestida a caráter que nos ofereceu, a todos que iam entrando, um grande pão salgado,  do qual se tirava um pedaço com a mão para comer. Ai, diriam os germofóbicos, que nojo! Mas como não sou germofóbica, achei o pão uma delícia.
Fomos direcionados às nossas cabines. Fiquei com Angelica. Na cabine ao lado, minha prima Celia - seu nome é Maria Celia, mas para facilitar vou chamá-la só de Celia - com Maria Lucia, na da frente, Luiza e Vera e ao lado, Ana e Jose. Cabe acrescentar que eu nao conhecia Angelica, vinda de Poços de Caldas. Vim a conhecê-la quando desembarcamos em Amsterdam. Mas que companheira ótima, com muito fair play, um pouco bagunceira, é verdade, mas alegre, sempre de bom humor e muito na dela. A cabine era muito pequena, mas tinha lugar para guardar tudo. O conforto era razoável. Após desarrumar a mala - a outra estava extraviada - fomos tirar uma soneca curta, porque o despertar seria às 6.30h. Vejam a foto do navio.

                                                            





quarta-feira, 8 de junho de 2011

No avião para Moscou

Após passearmos em Amsterdam, o ônibus nos deixou na entrada principal do aeroporto Schiphol. Como o portão de embarque era o de número quarenta e tantos, tivemos que caminhar muito, passar por cinco esteiras rolantes e haja perna.
No meio do caminho, topamos com um stand de venda de bebidas, cuja vendedora, ao nos escutar falando português, veio se apresentar como brasileira, de Manaus, casada com holandês e morando em Amsterdam já há dez anos. Estava felicíssima por nos conhecer, detestava a Holanda e estava louca para voltar para o Brasil. Difícil, porque o marido lá tinha um comércio, ela trabalhava no aeroporto e os dois filhos eram holandeses, nascidos e criados lá. É curioso constatar como muitas mulheres brasileiras, em situação econômica difícil no Brasil, que, ao se casarem, se mudam para o estrangeiro - e por isso melhoram até de posição social - não se adaptem ao novo ambiente e  ficam loucas para voltar ao Brasil, mesmo perdendo "status".
Na parte de cima desse stand de bebidas, subindo uns quatro degraus, havia duas grandes salas de estar, com sofás, poltronas, telão de tv, mesinhas e até piano, para servir aos passageiros em trânsito. Nada de salas vip, só para alguns privilegiados. Na Europa, predomina um conceito social. Todos têm o mesmo direito de usufruir confortos e luxos existentes em lugares públicos. O "apharteid" social para alguns endinheirados ou portadores de determinados cartões de crédito é coisa das Américas.
Por fim, após muito andar, chegamos ao portão de embarque e depois de um entrevero criado pelos holandeses que achavam ser necessária a concessão de visto para brasileiros entrarem na Rússia, problema bem resolvido pela Bernadete, nossa guia, embarcamos no avião para umas 3 horas e meia de voo até Moscou.
No avião, sentamos eu e Ana, na ponta e no meio. E na janela acomodou-se uma mocinha, loira, bonitinha, com mochila nas costas, aparentando entre 25 e 28 anos. Achei que era holandesa, pela aparência. Após comermos um delicioso lanche, os comissários de bordo distribuiram formulários para não russos que desembarcariam em Moscou. Observei que a mocinha não recebeu o formulário. Então puxei conversa: Are you russian? Yes, I am. E começamos uma longa conversa. Perguntei muito sobre Moscou, onde ela trabalhava em um banco russo, no Departamento de Recursos Humanos. Estava voltando do Mexico, de férias e ficou curiosa e interessadíssima no Brasil. Ensinou-nos até, a mim e a Ana, algumas saudações em russo. Priviét - é assim que se pronuncia mas não como se escreve porque o alfabeto russo é o ciríaco com letras, símbolos e números - significa o nosso muito usado "oi". Seu nome era Olga, bonita, inteligente e uma ótima impressão, para mim, do povo russo.
No próximo capítulo, a chegada a Moscou, com vários percalços e o embarque no navio.

sábado, 4 de junho de 2011

Uma Rápida Passagem por Amsterdam

Em Amsterdam ocorreu o primeiro quiproquo (abrasileirei a expressão). Como disse, chegamos em torno das 12h, hora local e o guia do Citytour só apareceu às 15h. Nesse interim ficamos na saída do aeroporto, onde há um grande centro comercial sem saber nada. Nossa guia, Bernadete, em meio a inúmeras reclamações, inclusive as minhas, telefonou várias vezes para Belo Horizonte, onde fica a agência organizadora do passeio e também para o guia local mas não deu nenhuma informação consistente. Resultado, perdemos tres horas preciosas. Excursões organizadas... ou desorganizadas por agências de turismo sempre dão furos.
Por fim, saímos em ônibus para passear em Amsterdam, passando primeiro por um distrito na periferia, à beira do rio Amstel que dá o nome à cidade, com casas magníficas, possivelmente residências de verão de holandeses abonados. Chegando a um dos tradicionais e gigantescos moinhos de vento, como se vê a seguir.




Após a sessão de fotos, entramos propriamente na cidade e percorremos a parte central. Amsterdam é linda, possui inúmeros canais pitorescos com aqueles barcos residência típicos de lá e muitas flores. O meio de transporte principal é a bicicleta. Passamos ainda pela casa onde Anne Franck ficou escondida dos nazistas, pela central Praça Dam, onde ficam o Palacio Real, construído no seculo XVII e o conhecido Museu de cera de Madame Tussaud.
Devo dizer a seguir que nesse grupo havia uma concentração de idosos bastante grande. E por insistência dos "veinho" - já que o uso popular da língua está sendo incentivado em cartilha do próprio MEC, tomo essa liberdade - mas não só deles, claro, o guia local concordou em levar-nos a um passeio a pé pelas tortuosas ruas da cidade para conhecer o bairro da Luz, onde ficam as "muié" na vitrine. Não sem antes recomendar especial atenção ao atravessar as ruas e ciclovias por causa das bicicletas.


E assim fomos apreciando as ruazinhas lindas e floridas, os charmosos canais até chegarmos ao mencionado bairro, com a recomendação de não tocar nos vidros e não tirar fotos.  Mas que decepção. Nas vitrines, àquela hora, só havia mulheres gordas, feias, meio velhuscas em trajes sumários. Mesmo as mais novas eram feias até que encontramos uma mulata jovem, bonita, com um lindo cabelo e um biquini minúsculo que, segundo Cecilia, devia ser brasileira. Enfim valeu, pelo exotismo do lugar, pela singularidade das casas de dois andares com vidros (havia uma mulher encima e outra embaixo) e para saciar a curiosidade. Após tanto caminhar, era necessária uma parada hidráulica o que foi feito numa galeria de lojas. Eu, Cecilia e mais um grupo entramos numa lojinha de souvenirs. Luiza e outras foram à toilette. Eis que sai Luiza, chorando de rir. Ao ser perguntada, contou-nos que o banheiro era comum para ambos os sexos. Isso é muito comum na Europa, principalmente em estabelecimentos comerciais, restaurantes, etc. Nesse banheiro, havia uma privada e do lado um mictório. Acima da privada havia uma figura de homem segurando um grande "dito cujo" e com um traço vermelho por cima, ou seja, proibido fazer "xixi" ali. E acima do mictório, a mesma figura masculina, sem traço, ou seja, permitido. Só mesmo em Amsterdam, não?
Após umas comprinhas básicas de souvenirs, voltamos para o aeroporto para pegar o voo das 20.30h para Moscou. Continuem acompanhando nossas aventuras.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

About As aventuras de quatro garotas, maduras, na Russia

Em meus últimos posts descrevi uma viagem exótica que faria à Rússia, em maio. Pois agora vou relatar como foi esse passeio que fiz em companhia de duas primas e algumas amigas.
No dia 9/5 cheguei, com minhas duas malinhas, nada muito grande porque detesto carregar peso, ao aeroporto de Guarulhos para embarcar no voo da KLM em direção a Amsterdã, onde faríamos um citytour. Oh God, quase desmaiei quando vi a fila de quase um kilômetro - um pouco de exagero... só um pouco porque a fila era realmente enorme - que teria que enfrentar para despachar a bagagem. Ao nela entrar, fui alertada por algumas senhoras muito simpáticas de que primeiro teria de fazer o checkin na máquina e só depois entrar na fila. Gentilmente se ofereceram para tomar conta de minha bagagem e guardar meu lugar enquanto eu faria o checkin. Ainda bem que não falta solidariedade neste mundo. Enquanto fazia o checkin procurava pela minha prima Cecilia que chegaria de Belo Horizonte nesse horário. Mas nada. Resultado, fiquei mais de uma hora para conseguir despachar a bagagem e nesse interim minha prima chegou com mais alguns amigos de BH, sortuda não teve que enfrentar fila nenhuma porque sua bagagem já seria transferida diretamente entre aviões, por causa da conexão.
A viagem transcorreu sem incidentes e chegamos a Amsterdã por volta de 12h, horário local, cinco horas à frente de nosso horário. A turma da excursão para a Russia era composta de aproximadamente 25 pessoas acompanhadas de uma guia carioca, a Bernadete. Em nosso grupo, além de minhas primas Cecilia e Luiza, havia mais tres amigas, Maria Lucia, Angelica e outra Vera, além do casal Ana e Jose.
Nossas aventuras em Amsterdã contarei no próximo post.