sábado, 12 de maio de 2012

LEMBRANÇAS...

Interrompo o relato de minhas/nossas aventuras americanas, para partilhar com vocês uma lembrança que de tão boa, tornou-se inesquecível para mim. Não sou de viver de lembranças do passado, como inúmeras pessoas da minha idade. Minha cabeça está no presente e voltada para o futuro. Mas, ontem me dei um presente de dia das mães que despertou a tal recordação, meio adormecida em minha mente.
Resolvi dar um break em minha rotina diária acelerada e conceder-me umas duas horas em um spa, com direito a tratamento facial, corporal , sauna, hidromassagem, etc.
Foi quando entrei na enorme banheira de hidromassagem, cheia de pétalas de rosa e espuma para relaxar, é que me veio a gostosa lembrança.  Aconteceu em nossa última viagem à Europa em família. Carlos, meu marido, ainda era vivo, Maria Christina, minha filha mais nova tinha apenas saído da adolescência e tínhamos ido à Itália para atender um cliente, italiano, mas que pretendia transferir-se para o Brasil. Após terminar o serviço, fizemos um passeio, sempre de carro porque ele adorava dirigir, por alguns países, inclusive a Alemanha, mas saindo de Amsterdan, na Holanda.
Em geral, rodávamos centenas de kilometros por dia, sempre parando em lugares atrativos. Ah, Carlos era incansável ao volante. Dessa vez, passamos a maior parte do dia em Dusseldorf, porque lá estava acontecendo um festival de moda - Dusseldorf é o polo de moda da Alemanha - com direito a desfiles de grandes grifes ao ar livre, com música ao vivo, uma maravilha, mas tudo em meio a multidões de pessoas. Detesto multidões, mas não havia o que fazer, o festival era imperdível. À  noitinha, Carlos resolveu ir embora, mesmo porque, disse ele, não haveria hotel disponível na cidade,por causa do festival. Não acreditei, mas como discurtir era inútil, prosseguimos viagem com a promessa de parar na próxima cidade. Chegamos, assim, a Dortmund, um lugar feio, cidade comum,  grande polo industrial. Procuramos um hotel da rede Accor e logo nos deparamos com um Mercure, de muito boa aparência. No quarto, despenquei na cama para não mais levantar, estava exausta. E recusei o convite de Carlos e Maria Christina para sair para jantar. Disse-lhes que iria para a piscina. Dortmund é um lugar frio, apesar  de ser verão e na chegada soube que no hotel havia uma piscina de água quente. Eles sairam e eu desci. Deparei-me com uma enorme piscina borbulhante e aquecida, cheia de jatos de hidromassagem em um solarium de vidro com  muito verde. Uma  beleza de arquitetura. Resultado, fiquei naquela água deliciosamente massageante por quase duas horas, sozinha, porque lá não havia ninguém, só relaxando e meditando. Saí revigorada, o cansaço se fora. Foi uma das experiências mais gratificantes que já tive, dado meu estado pessoal naquele momento.
C'est la vie. Por vezes passamos por experiências glamourosas, luxuosas mesmo, que ficam em nossa mente por serem marcantes. Mas outras vezes a vida nos coloca em situações inusitadas, sinples e inesperadas, precisamente aquelas de que necessitamos no momento. E tal acontecimento vira uma recordação deliciosa e inesquecível. Assim foi aquele tempo que passei na piscina borbulhante em Dortmund, cidade fria e sem graça da Alemanha.

domingo, 22 de abril de 2012

AVENTURAS AMERICANAS: ORLANDO V - Ultimo Dia

Era chegado o dia de Helena voltar ao Brasil, pois aqui havia deixado filhinho de dois anos com o maridão. Uma sexta-feira. E era também o nosso, meu e de Maria Christina, último dia em Orlando, pois no sábado seguiríamos para Miami, de carro. Tratamos um transfer para levar Helena ao aeroporto, porque seu avião partindo às 7 horas, deveria comparecer à companhia a partir das 5 horas, muito cedo. E assim foi feito, o transfer chegou ao hotel às 4.15 da manhã e lá se foi Helena, deixando um aperto no coração, após nove dias de deliciosos passeios, compras, muitas muitas risadas e situações inusitadas.
Depois de dormirmos mais um pouco, resolvemos, Maria Christina e eu, procurar pela loja Ross da qual já ouvíramos falar bastante. Através do GPS, imprescindível como já disse em viagens internacionais,  conseguimos localizar uma delas - porque existem várias dessas lojas - aliás, bem perto do enorme Outlet Premium onde compráramos uma enormidade de coisas, das quais já falei em posts anteriores.
Foi o trabalho de entrar e em seguida sair. Um horror. Imensa, quase a perder de vista, parece um grande brechó, tudo pendurado em araras, não por tamanho, quantidade, espécie ou mesmo marca, mas misturado, muita coisa no chão, toneladas de pessoas lá dentro e filas imensas nos caixas, opressivo mesmo. Ou seja. Tudo o que mais detesto. Olhamos uma para a outra e sem dizer nada, saímos. Um alívio.
Na saída, topamos com uma moça jovem, de boa aparência, que nos perguntou em inglês se não precisávamos de mala com bom preço. Maria Christina respondeu e se interessou. Então a moça, em português, "vocês são do Brasil?" Era uma gaúcha que morava há 10 anos em Orlando, trabalhando nessa loja de malas ao lado da Ross, para onde nos dirigimos. Achamos uma grande sacola com rodinhas e puxador, do jeito que queríamos, uma graça, preta com bolas cor-de-rosa, bem ao estilo de Maria Christina, por US$ 19. E compramos também um cadeado daqueles de segredo. Pelo menos valeu a ida à Ross.
Após um ótimo almoço no Red Lobster, ali perto - uma delícia, comi camarões de cinco formas diferentes, hum hum - decidimos dar uma chegada ao Outlet Premium que estava tão perto, porque no dia de nossas compras, Helena lá perdera uma sacola cheia de brinquedos para o Enzo. Só descobriu a perda quando chegamos ao hotel e ficara inconsolável. Além do prejuízo, eram os brinquedos de seu filho. Pois bem, resolvemos ir até o Outlet para verificar se por acaso tinham encontrado a tal sacola. Nos dirigimos à Administração e Maria Christina contou a história para o atendente. Ele discou um número pelo telefone e o passou a ela dizendo-lhe para falar com o pessoal da segurança que cuidava dessa área. E olha só que coincidência e que sorte. O homem que atendeu ao telefonema, era justamente o que tinha achado a sacola. Ele a descreveu bem como aos brinquedos que tinha dentro, dizendo que estava com ele e que poderíamos ir buscá-la, junto à área de alimentação. Nem acreditamos, estava tudo lá, não faltava nada. Mas isso é muito comum nos Estados Unidos, as coisas que são perdidas, são guardadas para serem entregues a quem as reclamar. Se fosse no Brasil, ... bem, sem comentários. Quando falamos com Helena à noite,  inclusive para saber se tinha chegado bem e contamos a história, ela  ficou surpresa e feliz da vida. Os brinquedos estavam salvos.
 Já que estávamos no Outlet e porque ninguém é de ferro, aproveitamos para fazer umas últimas compras que por sinal não foram poucas. E voltamos ao hotel para descansar e fazer as malas, porque no dia seguinte, enfrentaríamos uma viagem um tanto longa e cansativa - quase cinco horas de carro de Orlando a Miami.
Nos próximos posts, nossas aventuras, agora a duas, em Miami. Não percam.

quarta-feira, 21 de março de 2012

AVENTURAS AMERICANAS: ORLANDO IV - Parques Disney

Minhas impressões sobre os Parques da Disney, os mais conhecidos e frequentados pelos brasileiros. em Orlando. São ao todo quatro, Holywood Studios, Animal Kingdom, Epcot Center e Magic Kingdom, além de Downtown Disney, local das lojas e restaurantes sem necessidade de ingresso. O que mais gostei? 
Do Holywood Studios, sem dúvida os musicais, como a Bela e a Fera, a Pequena Sereia e os espetáculos em 3D, tais como os jogos da Toy Story.em que você atira nos alvos que pulam à sua frente, fazendo pontos. No final, toda orgulhosa dos meus 36.000 pontos, fui gozada por Helena e Maria Christina que tinham feito mais de 100.000 pontos cada uma. 
 Para quem curte fortes emoções, a montanha russa do Aero Smith, com  subidas, quedas e curvas radicais, em altíssima velocidade, tudo no escuro ao som das músicas da banda, segundo Maria Christina, a única corajosa a ir e a gostar. Queria até ir de novo, só que não deu tempo. O simulador do Star Wars, foguete dirigido pelos dois robôs, para quem gosta, é o máximo. Tive o desprazer de sair enjoada e custei a melhorar. 
Adorei ver o Dart Vader - sou fã - e os guardas estelares, aqueles de branco, em shows ao vivo com participação de crianças. Imperdível também o show dos stunts, que reproduzem cenas do filme Os caçadores da Arca Perdida, primeiro da série Indiana Jones - a da bola que rola, do começo do filme, a do mercado, em que ele atira no matador e a do avião em que eles põem em cena um avião antigo com fogo e bombas para todos os lados. Tudo muito bem feito e com participação da platéia como figurantes.
No Animal Kingdom, há um safari  em que a bordo de um jeep você se depara com animais diversos, ao vivo, leões, tigres, rinocerontes, hipopótamos, etc., muito interessante. Mas o mais lindo de todos os shows é o musical do Rei Leão, um primor em termos de vestimentas, músicas, efeitos especiais e cenários magníficos. As demais atrações nada têm de especial.
O interessante do Epcot Center são os minipaíses, tais como Mexico, Noruega, Italia, Canada, Inglaterra, França e outros - não tem Brasil - com cenários bem feitos e pessoas falando a língua do país. Bem bonito.
Também no Epcot Center há uma atração que simula uma viagem espacial até Marte, muito violenta. Quem enjoa não vá. Helena saiu de lá completamente zonza e enjoada, ficou deitada um tempão para passar. Já Maria Christina, com estômago de ferro, só sentiu o excesso de pressão sobre a cabeça. Claro que não fui e não me arrependi.
Por útimo o Magic Kingdom, que é reproduzido também na Eurodisney e que muitos devem conhecer. O maiior e para meu gosto, o melhor, com diversas atrações interessantes, entre elas as "parades" com os personagens dos filmes e os musicais do MIckey, Minnie, Pato Donald, muitos dançarinos e efeitos especiais, apresentados ao ar livre, em frente ao castelo da Cinderela. Lindo de morrer. Criei até coragem de ir na Splash Mountain, que acaba em uma enorme queda vertical na água. Molha bastante mas é emocionante.
Descrever tudo em palavras é humanamente impossível. Espero aqui ter demonstrado um pouquinho do que lá se experimenta.
 Confesso que não tinha muita vontade de ir aos parques - não são da minha preferência e já tinha ido à Eurodisney tres vezes. Mas, confesso também que as atrações de Orlando são imperdíveis, incomparáveis, ao menos uma vez na vida vale a pena conhecer. A diversão é garantida.
No próximo post, nosso passeio em Miami.

quinta-feira, 8 de março de 2012

AVENTURAS AMERICANAS; ORLANDO III - Comer e ...Comprar Comprar Comprar

São dois assuntos de interesse de quase todos. O primeiro interessa não somente aos "gourmets" e "gourmands", mas também àqueles que, em viagem, querem conhecer lugares diferentes, com boa ou razoável comida sem precisar lavar pratos para pagar a conta. Já o segundo assunto - compras - bem... pelo menos às mulheres, interessa a todas, tenho certeza. Em geral, os  homens são menos pacientes, querem comprar tudo em um só lugar, para acabar logo. Mas aí vão algumas dicas também para eles.
A alimentação americana, todos sabem, é altamente calórica e gordurosa. Depois de alguns dias, enjoa. Abstraindo-se esse pormenor, há bons restaurantes em Orlando, com ótimo preço - uma boa refeição para tres pessoas saía em média por US$ 60 -  comida gostosa, em geral pertencentes a grandes cadeias. Cito alguns:  Olive Garden, internacional, boas massas, saladas fresquíssimas e crocantes, pratos para duas pessoas de apetite médio. Ihop, especializado em pancakes e wafles, tanto salgados quanto doces, bom. Red Lobster, de camarões e lagostas, como diz o nome, refinado, bom atendimento, pratos grandes, uma delicida. Bubba Gump, também de coisas do mar, mais temático, parece um navio pirata na parte interna. Chamou-me a atenção uma bargirl, muito jovem, que preparava coquetéis coloridos e enfeitados em poucos segundos. Um espanto. Angus Steakhouse, de carnes vermelhas, minha rib estava com muita gordura, mas o hamburguer da Maria Christina estava sensacional, segundo ela. Cheesecake Factory, especializado na torta que dá nome ao lugar, feita de todos os sabores possíveis e imagináveis e servida em grandes pedaços -  equivalentes a uma refeição - em geral com creme chantilly e sorvete. Ótimo para regimes. Tony Romans, com bons churrascos.. Para breakfast, o Dennys que serve delícias, mas como já disse, muita fritura e muito ovo. Nos primeiros dias, tudo é ótimo, mas após algum tempo, o excesso de gordura torna a comida enjoativa para nosso paladar.
Quanto às compras, Orlando é realmente um paraíso. Dois outlets, aliás do mesmo grupo, Premium, merecem uma visita, principalmente o da International Drive, imenso, não dá para percorrer em um dia. Os shoppingis, Florida Mall e at Millenia também são maravilhosos. Os preços das boas lojas, como Armani Exchange, US Polo, JCPenney, Levis, Tommy Hilfinger, Guess, Juicy Couture, Abercrombie, Aeropostale e outras, são ridículos em comparação aos caríssimos preços no Brasil. Camisetas Armani, masculinas e femininas, lindas, por US$ 15 a 19. Moletons Adidas, em torno de US$ 30, mas se levasse dois, o segundo saía pela metade do preço. Ou seja, US$ 45 por dois moletons Adidas quentes e lindos. Para quem gosta de camisa polo, dirija-se  à Tommy Hilfinger e à US Polo.Grande variedade e ótimos preços. 
Outra loja imperdível é a Forever 21, no Florida Mall e também no at Millenia. Imensa, tem de tudo e com paciência, encontram-se itens com preços inacreditáveis. Comprei uma botinha de inverno marron, baixinha e forrada de pele, uma lindeza, por US$ 15. 
Mesmo nas lojas Disney espalhadas por todos o cantos, os preço não são altos. Roupas infantis e brinquedos são boas opções.
Enfim, se forem para Orlando reservem uma parte do dinheiro para as compras. Vale a pena. Aí você percebe o quanto o custo de vida no Brasil está um absurdo. Não sei como o brasileiro consegue sobreviver com o que ganha. Realmente faz milagre.
Não percam o próximo capítulo, sobre os parques Disney.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

AVENTURAS AMERICANAS: ORLANDO II - Universal Studios

Depois de buscarmos Helena no aeroporto às 22h, chegamos ao hotel, exaustas, mais de meia-noite e no dia seguinte deveríamos acordar cedo para ir à Universal Studios - Island of Adventures, o primeiro parque e o mais esperado porque nele está o complexo de Harry Potter, do qual somos fãs incondicionais, lemos todos os livros e assistimos a todos os filmes. Portanto, a expectativa era grande.
Após um lauto breakfast no hotel - Helena não fica, de jeito nenhum, sem café da manhã sob pena de um pitoresco mau-humor - aliás, é exatamente o que acontece comigo se não almoço até determinado horário, portanto, genes familiares - rumamos para o parque. Tudo muito bem organizado, a começar pelo estacionamento, pago é claro, mas amplo, bem sinalizado, com atendentes a orientar sobre o local de parada. 
Logo na entrada, como área comum aos dois parques, "citiwalk", uma cidade cenográfica com diversas lojas, restaurantes,cafés, bares, inclusive com shows noturnos e um grandioso Hard Rock Cafe. Um detalhe interessante, principalmente na Universal Studios e não tanto na Disney,é a grande quantidade de pessoas idosas, umas bem idosas até, ali trabalhando,na orientação dos estacionamentos, na revista das bolsas, na bilheteria, nas catracas de entrada, nos balcões de informação e mesmo nos brinquedos. 
Nesse primeiro parque, Island of Adventures, dois complexos merecem descrição. No primeiro e mais aguardado, Harry Potter,entra-se em Hogsmead, exatamente como nos filmes,casinhas baixas e cinza com lojinhas temáticas, alguns brinquedos emocionantes, tipo montanha russa e até a cerveja amanteigada,vendida por dois estudantes brasileiros - descobrimos - e que é uma delicia por sinal. Chega-se, por fim, à escola de Hogwarts, um magnífico castelo, também igual ao do filme, onde, ao caminhar, encontramos os quadros que se movem e falam,por efeitos digitais os tres personagens principais em suas aventuras, a mulher gorda que guarda a entrada de Grinfindor, enfim muitos dos detalhes conhecidos dos leitores da obra.Um show. No final, o brinquedo mais emocionante, a simulação de uma partida de quadribol. Não tive coragem de entrar, porque fico tonta e enjoada - além do medão, é claro - mas as meninas foram e adoraram. Recomendo. 
O segundo complexo que merece menção é o do Popeye. Entra-se em uma espécie de balsa inflável e se percorre uma corredeira, com quedas bruscas, curvas em alta velocidade e muitas cachoeiras. É o máximo, mas como resultado saímos ensopadas da cabeça aos pés. Ainda bem que o dia estava quente e na saída, por US$5 entra-se em grupo em um secador de ar quente mas que acaba por secar muito pouco porque a roupa fica encharcada. Meu passaporte quase desmanchou e tive de secá-lo com secador de cabelo, mas mesmo assim ficou um pouco retorcido. Para quem for nesse brinquedo, recomenda-se que vista uma capa de chuva plástica, com capuz e não leve bolsa. Assim mesmo molha, mas é ótimo.
Já o percurso do segundo parque da Universal, visitado em outro dia, parece uma cidade cenográfica como se estivéssemos dentro de um filme, inclusive uma área completa com prédios e praça de Nova York da década de 20. Os principais brinquedos são a montanha russa da Múmia - não fui, mas as meninas gostaram, o simulador dos Simpsons e filmes 3D como o Shrek.Logo na entrada há uma montanha russa altíssima e violenta, mas nem Maria Christina, que gosta de tudo, quis ir. Helena e eu não gostamos de quedas verticais de altura, portanto nem pensar. 
Por fim, um dos que mais gostei na Universal, mas não me lembro se no primeiro ou no segundo parque: o simulador do Homem Aranha, em 3D. Não é só um simulador, o carrinho também anda, escala prédios e gira rápido. É o máximo, os personagens pulam na sua frente,  você sente o calor do fogo, recebe água quando chove, enfim, o melhor de todos para o meu gosto. Muito emocionante e muito bem feito.
Continuem acompanhando nossas aventuras. Não percam os próximos capítulos.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

AVENTURAS AMERICANAS: ORLANDO I - Primeiras Peripéciass

No dia 24 de janeiro, embarcamos à noite, Maria Christina, minha filha e eu, rumo a Orlando, Florida, pela American Airlines, com conexão em Miami. Voo bastante agitado - chacoalhou muito - agravado pelas nossas emoções, a minha por encarar uma terra estranha, já que se passaram 40 anos de minha estada por lá. E de Maria Christina, por ainda não conhecer os Estados Unidos. Era seu "début". Minha filha mais velha, Helena, também iria, só que em outro voo, no dia 25, chegando à noite em Orlando. 
Estávamos com tudo reservado e pago, hotel, carro e ingressos para a Disney World e para a Universal Studios. Não haveria tempo hábil para outros parques. 
Chegamos em Miami por volta das 4 horas da manhã, horário local, 3 horas a menos do horário brasileiro. Aeroporto monumental - será que só os nossos são ruins, pequenos e superlotados? - andamos um bocado e tivemos que tomar um shuttle (trem suspenso) para chegar à área de malas e de imigração. Nesta, nos deparamos com um rapaz jovem, bonito e agradável - situação inusitada já que esperava uma recepção hostil à vista do tratamento dispensado pelos consulados americanos na concessão de vistos. Fez as perguntas de praxe, tirou as nossas impressões digitais - de todos os dedos - brincou um pouco com Maria Christina que fala um inglês perfeito - eu nem tanto, só para o gasto - e nos desejou uma ótima estadia. Surpresa e bem impressionada, pegamos nossas malas e aguardamos algumas horas até o voo para Orlando que sairia às 8 horas. 
Após desembarcar em Orlando, por volta das 9 e pouco, aí sim, a minha boa impressão começou a mudar. Tinha reservado um carro do tipo compacto, com GPS - imprescindível para quem vai guiar em lugar estranho -  na empresa Alamo. A atendente,  de origem hispânica e com cara enfesada, disse que nossas malas não caberiam nesse carro, era pequeno. E que ela me daria um "up grade" para um carro maior, mediante um pagamento de "apenas" US$ 200. Achei um absurdo e não aceitei, dizendo que daríamos um jeito. De muito má vontade e com cara mais enfesada ainda, ela nos encaminhou à garagem. Lá chegando, o senhor que nos atendeu, muito gentil, disse que poderíamos escolher qualquer um dentre uns seis modelos diferentes, inclusive SUVs. Escolhi um Toyota Yares, carro sedã médio e ótimo, econômico, macio, fácil de dirigir. Gente, se a locadora de veículos quiser cobrar por um "up grade" - dizem que todas fazem isso - não paguem porque você poderá escolher um dentre muitos modelos.
Saindo do aeroporto e guiados pelo GPS acionado por Maria Christina, nos dirigimos ao hotel Rosen Inn, na International Drive, principal avenida de Orlando, onde tínhamos reservado 10 diárias. No hotel, outro bafafá: a recepcionista disse que estavam com "overbooking" e não havia vaga, apesar de minha reserva ter sido paga há mais de dois meses. Bom, vocês não acreditam no escândalo que aprontei, em inglês, espanhol e português, em altos brados. Juntou gente - o hotel estava lotado - a grande maioria de brasileiros para saber o que estava acontecendo. O gerente que até então estava sentado e não tomara conhecimento de nossa situação, levantou-se alarmado e disse que nos mandaria para outro hotel da rede, melhor ainda - o Clarion Inn em Lake Buena Vista, perto da Disney. Diante da oferta me acalmei e liguei, a cobrar, para a agência de turismo no Brasil que fizera a reserva, para relatar os fatos e perguntar sobre o novo hotel, se era decente.  Disseram-me que sim, que era um bom hotel e a localização excelente. Peguei o endereço, não sem antes obrigar a recepcionista a telefonar para o Clarion Inn, confirmando a vaga. Este novo hotel, distante de onde estávamos, fica num local espetacular, em frente a  enorme outlet - Premium - rodeado de bons restaurantes e coffee shops e muito perto de Downtown Disney, onde estão os restaurantes e lojas dessa marca. O quarto, com duas camas de casal antigas, banheiro razoável, com micro-ondas, geladeira e cafeteira. Um duas estrelas, não mais que isso. Em compensação, enorme parking gratuito e café da manhã variado, estilo buffet, pagando um se ganhava um grátis. Ficava em conta.
Passamos o resto da tarde no outlet e à noite, voltamos ao aeroporto para buscar Helena, que chegaria às 22 h. Não percam o próximo capítulo que trata dos parques.

domingo, 22 de janeiro de 2012

ABOUT LUISAs E BBBs

Minhas considerações a respeito do Editorial do Jornal de Alphaville desta semana, muito oportuno, inteligente e bem colocado. Para quem não conhece o jornal, trata o Editorial do excesso de futilidades a encher diariamente a cabeça do brasileiro médio, tais como as dos últimos dias - uma tal de Luisa que estaria no Canadá, produto de um comercial banal e sem graça lá do Nordeste, e que se tornou uma celebridade da noite para o dia, inclusive na mídia. E o pretenso estupro que teria acontecido no BBB da Globo, ocorrência essa nada fútil, aliás, e que deveria interessar ao Ministério Público, inclusive com o cancelamento do programa. Mas quem tem coragem de enfrentar a Globo? 
Em resumo, levanta o Editorial uma dúvida a respeito do futuro de um país em que o povo, de cabeça vazia, se ocupa de banalidades e de fazer piada com tudo, ao invés de lutar pela melhoria da educação e da saúde, pelo fim da corrupção na política, etc. etc. etc. Carlos Nascimento, no jornal da Noite do SBT do dia 19/1 toca nessa mesma tecla. Está no YouTube.
São os tempos de bonança, digo eu. Esclareço melhor. Em tempos de crise, as pessoas afiam as garras e partem para a luta, porque o instinto primário de sobrevivência está ameaçado. Isto aconteceu durante anos e anos no Brasil que lutou contra uma ditadura feroz na política, contra uma inflação mensal monstruosa que cortava pela metade o salário de cada um no dia seguinte ao do recebimento, contra as políticas impiedosas, arrochantes e empobrecedoras impostas pelos países credores, então considerados ricos e pelo FMI, enfim contra mil e uma adversidades. E sobrevivemos. E sobrevivemos bem. Hoje o Brasil é uma das maiores economias mundiais, está relativamente imune à crise internacional, as desigualdades sociais se reduziram muito com o aparecimento de uma nova e numerosa classe média, ansiosa para consumir.
Muito há que se fazer. As desigualdades persistem, a extrema pobreza ainda existe para milhões de brasileiros, a educação e a saúdes públicas precisam melhorar e muito, etc.etc.etc.
Contudo, se olharmos os últimos 30, 40 anos, veremos que caminhamos e caminhamos bem, superando obstáculos na época considerados impossíveis. É por isso que continuo acreditando no progresso contínuo do país, porque a força e a persistência de seu povo são inegáveis, quando se faz necessário. 
Agora, em tempos de bonança, com governo estável, farto emprego, crescimento salarial constante,abundância de produtos, nada como desocupar a cabeça de preocupações maiores nas horas vagas. Embora um excesso de futilidades acabe por irritar pessoas mais focadas nos grandes problemas nacionais que ainda são uma realidade.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

TRISTE SURPRESA NO FIM DE 2011

Pois é, estava eu assistindo bem "relax" ao Jornal da Band no sábado, dia 31, quando Ricardo Boechat deu a notícia: "Faleceu ontem, na cidade de Gonçalves, em Minas Gerais, o jornalista Daniel Piza, aos 41 anos de idade, vítima de um AVC....."
Dei um pulo da cadeira, sem acreditar no que tinha escutado. Daniel Piza, do Estadão, era dos meus preferidos, senão o mais admirado. Jovem, bonito,inteligente,de uma cultura invejável para sua idade,combativo e inconformado, o que aliás, deve ter assimilado do mestre Paulo Francis, com quem muito aprendeu. E além de tudo, era um escritor talentoso, com vários livros publicados. 
Enfim, uma das grandes figuras do jornalismo brasileiro, com um futuro brilhante pela frente. Leitora ávida que sou, lia todas as suas colunas, blogs, ouvia a seus programas na Rádio Estadão-ESPN, principalmente as indicações literárias, sempre com muita precisão e bom gosto.
Mas, Daniel Piza se foi aos 41 anos de idade.Quanta injustiça a vida nos traz de quando em vez. Deixa vivos verdadeiros trastes que só prejudicam o país e leva embora prematuramente grandes talentos atuantes em suas áreas que muito ainda poderiam fazer para o bem do Brasil. 
Fica aqui o meu inconformismo pelo triste evento. E a saudade de seus textos, sempre inteligentes e bem focados. 

domingo, 1 de janeiro de 2012

PARA FESTEJAR O ANO NOVO

Após uma longa primavera sem nada postar, eis-me de retorno. Falta de assunto? Certamente não. Preguiça? Talvez. Mas principalmente uma tonelada de afazeres neste final de ano a dificultar uma brecha, mesmo pequena, para essa atividade que muito me agrada: escrever sobre algo.
Pois bem, ano novo, tempo novo! pois tempo é questão de preferência, como diria minha avó.
Vocês já perceberam que adoro escrever sobre viagens que faço, principalmente as exóticas, como a da Rússia, dos posts passados. Como não tenho viajado muito, resolvi tocar em outro assunto que muito me agrada. Os livros que leio. 
Sou uma leitora voraz. Adoro ler e tenho minhas preferências, é claro. Thrillers de espionagem, todos os Harry Potter, romances históricos, especialmente sagas de dinastias reais, de grandes personagens que tiveram a capacidade de mudar o curso da história e mesmo relatos casuais que se desenrolam em épocas passadas mas que retratam a moral, os costumes e hábitos e os preconceitos da vida quotidiana de então.
Acabei de ler "A Traição", thriller de espionagem de autoria de Chritopher Reich, autor nascido no Japão mas naturalizado americano. Dele, já havia lido "A Farsa", o primeiro de seus  livros que fez sucesso. Em geral, os textos de espionagem acabam caindo em clichês - o "bad guy" é árabe, está tentando roubar uma bomba nuclear para detonar em Nova York e quem vai impedi-lo é um detetive, em geral americano, bem inteligente e todo certinho.
Nesse que acabei de ler, "A Traição", os clichês também estão presentes - o "bad guy" é afegão fundamentalista que odeia os Estados Unidos e o vendedor é um traficante de armas de origem indiana mas que mora no Paquistão, onde comercializa milhões em armamentos para quem pagar seu preço. Contudo, o "mocinho" não é detetive e sim um médico idealista integrante dos "Médicos sem Fronteira" e que exerce sua profissão em países muitos pobres e carentes. Ao mesmo tempo, é louco por uma aventura. O personagem tem horror a tramas de espionagem porque foi casado, sem saber, com uma agente dupla, treinadíssima e mortal. Quando descobriu a identidade da esposa, já estava mergulhado até o pescoço na trama. Isso no primeiro livro, "A Farsa". No segundo livro, "A Traição", ele está clinicando no interiorzão do Afeganistão, quando é levado à força para operar um líder talibã e aí tudo começa de novo. 
O interessante do autor é que ele consegue manter o suspense durante o desenrolar da história, inclusive por meio de situações inusitadas e criativas. E o desfecho se dá nas últimas páginas, lógico. É uma leitura que recomendo a quem o assunto agrada. É preferível começar pela "Farsa" que bem descreve o retrato psicológico, meio ingênuo, do personagem médico com seus conflitos entre salvar vidas e matar pessoas visando a um bem maior, segundo a versão de encarregados das inúmeras agências internacionais de espionagem que interferem na história. Versão essa, muitas vezes, em desacordo com a realidade dos fatos,  como ele descobre depois.