sábado, 25 de fevereiro de 2012

AVENTURAS AMERICANAS: ORLANDO I - Primeiras Peripéciass

No dia 24 de janeiro, embarcamos à noite, Maria Christina, minha filha e eu, rumo a Orlando, Florida, pela American Airlines, com conexão em Miami. Voo bastante agitado - chacoalhou muito - agravado pelas nossas emoções, a minha por encarar uma terra estranha, já que se passaram 40 anos de minha estada por lá. E de Maria Christina, por ainda não conhecer os Estados Unidos. Era seu "début". Minha filha mais velha, Helena, também iria, só que em outro voo, no dia 25, chegando à noite em Orlando. 
Estávamos com tudo reservado e pago, hotel, carro e ingressos para a Disney World e para a Universal Studios. Não haveria tempo hábil para outros parques. 
Chegamos em Miami por volta das 4 horas da manhã, horário local, 3 horas a menos do horário brasileiro. Aeroporto monumental - será que só os nossos são ruins, pequenos e superlotados? - andamos um bocado e tivemos que tomar um shuttle (trem suspenso) para chegar à área de malas e de imigração. Nesta, nos deparamos com um rapaz jovem, bonito e agradável - situação inusitada já que esperava uma recepção hostil à vista do tratamento dispensado pelos consulados americanos na concessão de vistos. Fez as perguntas de praxe, tirou as nossas impressões digitais - de todos os dedos - brincou um pouco com Maria Christina que fala um inglês perfeito - eu nem tanto, só para o gasto - e nos desejou uma ótima estadia. Surpresa e bem impressionada, pegamos nossas malas e aguardamos algumas horas até o voo para Orlando que sairia às 8 horas. 
Após desembarcar em Orlando, por volta das 9 e pouco, aí sim, a minha boa impressão começou a mudar. Tinha reservado um carro do tipo compacto, com GPS - imprescindível para quem vai guiar em lugar estranho -  na empresa Alamo. A atendente,  de origem hispânica e com cara enfesada, disse que nossas malas não caberiam nesse carro, era pequeno. E que ela me daria um "up grade" para um carro maior, mediante um pagamento de "apenas" US$ 200. Achei um absurdo e não aceitei, dizendo que daríamos um jeito. De muito má vontade e com cara mais enfesada ainda, ela nos encaminhou à garagem. Lá chegando, o senhor que nos atendeu, muito gentil, disse que poderíamos escolher qualquer um dentre uns seis modelos diferentes, inclusive SUVs. Escolhi um Toyota Yares, carro sedã médio e ótimo, econômico, macio, fácil de dirigir. Gente, se a locadora de veículos quiser cobrar por um "up grade" - dizem que todas fazem isso - não paguem porque você poderá escolher um dentre muitos modelos.
Saindo do aeroporto e guiados pelo GPS acionado por Maria Christina, nos dirigimos ao hotel Rosen Inn, na International Drive, principal avenida de Orlando, onde tínhamos reservado 10 diárias. No hotel, outro bafafá: a recepcionista disse que estavam com "overbooking" e não havia vaga, apesar de minha reserva ter sido paga há mais de dois meses. Bom, vocês não acreditam no escândalo que aprontei, em inglês, espanhol e português, em altos brados. Juntou gente - o hotel estava lotado - a grande maioria de brasileiros para saber o que estava acontecendo. O gerente que até então estava sentado e não tomara conhecimento de nossa situação, levantou-se alarmado e disse que nos mandaria para outro hotel da rede, melhor ainda - o Clarion Inn em Lake Buena Vista, perto da Disney. Diante da oferta me acalmei e liguei, a cobrar, para a agência de turismo no Brasil que fizera a reserva, para relatar os fatos e perguntar sobre o novo hotel, se era decente.  Disseram-me que sim, que era um bom hotel e a localização excelente. Peguei o endereço, não sem antes obrigar a recepcionista a telefonar para o Clarion Inn, confirmando a vaga. Este novo hotel, distante de onde estávamos, fica num local espetacular, em frente a  enorme outlet - Premium - rodeado de bons restaurantes e coffee shops e muito perto de Downtown Disney, onde estão os restaurantes e lojas dessa marca. O quarto, com duas camas de casal antigas, banheiro razoável, com micro-ondas, geladeira e cafeteira. Um duas estrelas, não mais que isso. Em compensação, enorme parking gratuito e café da manhã variado, estilo buffet, pagando um se ganhava um grátis. Ficava em conta.
Passamos o resto da tarde no outlet e à noite, voltamos ao aeroporto para buscar Helena, que chegaria às 22 h. Não percam o próximo capítulo que trata dos parques.

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