domingo, 1 de janeiro de 2012

PARA FESTEJAR O ANO NOVO

Após uma longa primavera sem nada postar, eis-me de retorno. Falta de assunto? Certamente não. Preguiça? Talvez. Mas principalmente uma tonelada de afazeres neste final de ano a dificultar uma brecha, mesmo pequena, para essa atividade que muito me agrada: escrever sobre algo.
Pois bem, ano novo, tempo novo! pois tempo é questão de preferência, como diria minha avó.
Vocês já perceberam que adoro escrever sobre viagens que faço, principalmente as exóticas, como a da Rússia, dos posts passados. Como não tenho viajado muito, resolvi tocar em outro assunto que muito me agrada. Os livros que leio. 
Sou uma leitora voraz. Adoro ler e tenho minhas preferências, é claro. Thrillers de espionagem, todos os Harry Potter, romances históricos, especialmente sagas de dinastias reais, de grandes personagens que tiveram a capacidade de mudar o curso da história e mesmo relatos casuais que se desenrolam em épocas passadas mas que retratam a moral, os costumes e hábitos e os preconceitos da vida quotidiana de então.
Acabei de ler "A Traição", thriller de espionagem de autoria de Chritopher Reich, autor nascido no Japão mas naturalizado americano. Dele, já havia lido "A Farsa", o primeiro de seus  livros que fez sucesso. Em geral, os textos de espionagem acabam caindo em clichês - o "bad guy" é árabe, está tentando roubar uma bomba nuclear para detonar em Nova York e quem vai impedi-lo é um detetive, em geral americano, bem inteligente e todo certinho.
Nesse que acabei de ler, "A Traição", os clichês também estão presentes - o "bad guy" é afegão fundamentalista que odeia os Estados Unidos e o vendedor é um traficante de armas de origem indiana mas que mora no Paquistão, onde comercializa milhões em armamentos para quem pagar seu preço. Contudo, o "mocinho" não é detetive e sim um médico idealista integrante dos "Médicos sem Fronteira" e que exerce sua profissão em países muitos pobres e carentes. Ao mesmo tempo, é louco por uma aventura. O personagem tem horror a tramas de espionagem porque foi casado, sem saber, com uma agente dupla, treinadíssima e mortal. Quando descobriu a identidade da esposa, já estava mergulhado até o pescoço na trama. Isso no primeiro livro, "A Farsa". No segundo livro, "A Traição", ele está clinicando no interiorzão do Afeganistão, quando é levado à força para operar um líder talibã e aí tudo começa de novo. 
O interessante do autor é que ele consegue manter o suspense durante o desenrolar da história, inclusive por meio de situações inusitadas e criativas. E o desfecho se dá nas últimas páginas, lógico. É uma leitura que recomendo a quem o assunto agrada. É preferível começar pela "Farsa" que bem descreve o retrato psicológico, meio ingênuo, do personagem médico com seus conflitos entre salvar vidas e matar pessoas visando a um bem maior, segundo a versão de encarregados das inúmeras agências internacionais de espionagem que interferem na história. Versão essa, muitas vezes, em desacordo com a realidade dos fatos,  como ele descobre depois.

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