segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Impactante Praça Vermelha

Tudo é vermelho na Rússia, mesmo antes do regime soviético. A cor vermelha, segundo me lembro, está relacionada ao sucesso, à vitória, à hegemonia. A praça é vermelha, a bandeira soviética era vermelha, o exército soviético era o exército vermelho e até hoje a bandeira russa é branca, vermelha e azul.
Pois bem. A Praça Vermelha é algo difícil de descrever de tão grandiosa que é. Logo na entrada, ao lado do portal, cuja foto está no post anterior, há um enorme edifício vermelho que abriga o Museu Histórico. Magnífico.



Do lado esquerdo de quem entra, encontramos uma pequena igreja ortodoxa, um primor, por fora e por dentro. A seguir, uma enorme e linda construção de época que abriga um shopping center de luxo, com inúmeras grifes francesas, inglesas, americanas e outras. À direita, saindo do lado do Museu Histórico, está a grande muralha do Kremlin, fortaleza em russo, também vermelha. Caminhando um pouco ao longo da muralha, nos deparamos com o mausoléu de Vladimir Lenin, uma grande construção em mármore negro, meio em forma de pirâmide. Celia, como já disse, uma idealista e aguerrida ativista de esquerda, ficou emocionada. Queria visitar o túmulo a qualquer preço, mas justo nesse dia, ele estava fechado à visitação porque dois dias antes, em 9/5, houvera a comemoração da vitória na 2a. Guerra Mundial com desfile militar e homenagens no túmulo. Ficou muito frustrada, mas tentaria no dia seguinte.
Lenin, um dos grandes líderes da revolução bolchevique de 1917, está embalsamado nesse mausoléu e segundo nossa guia Julia, existe um staff próprio para cuidar do túmulo e dele, pois suas unhas crescem e devem cortadas, sua barba e cabelo também crescem e devem ser aparados. Despesas substanciais e cuidados com um morto enquanto milhares de vivos passam necessidade, diz nossa irônica guia Julia. Pelo que pude perceber, os jovens russos desaprovam tais vultosas despesas.
Por fim ao fundo da enorme praça, encontramos a catedral ortodoxa de São Basílio, toda colorida e maravilhosa.


Passamos grande parte da manhã na Praça Vermelha, explorando seus recantos. Perto da hora do almoço os guias reuniram os grupos para prosseguir no tour. Quase perdemos a nossa, Julia, que saira a jato - os russos são pontualíssimos e muito apressadinhos - enquanto estávamos no shopping à procura da toilette. Graças a Anastasía, aquela que nos fora esperar no aeroporto e que ficou conosco o tempo todo, conseguimos encontrar o resto do grupo e o ônibus. Prosseguindo no tour, passamos pela principal universidade pública de Moscou, cujo prédio principal era muito lindo. Em frente à universidade, paramos num mirante, com visão de boa parte da cidade e muitos camelôs, inclusive chineses falando russo e vendendo souvenirs. Eles estão por toda a parte.
Chegara a hora do almoço que, segundo a irônica Julia, aconteceria em um restaurante "tipicamente russo", o Hard Rock Cafe, almoço por sinal de péssima qualidade. Mas em compensação, o lugar ficava em calçadão - a Rua Arbat - pelo qual caminhamos bastante, com vários cafés e restaurantes, alguns típicos em toda a extensão. Uma graça. Pelo que soube, a região tem agitada vida noturna. Ferve à noite.
Agora, chegara a vez de visitar o Kremlin, capítulo à parte.





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