segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

About COP 16

Terminou na semana passada a COP 16, Conferência da ONU para Mudanças Climáticas, realizada em Cancun, no México. No resultado, em resumo, houve pontos positivos e outros bem negativos. Como positivo, ressaltamos a criação do Fundo Verde para o Clima, com aportes, inicialmente de cerca de 30 bilhões de dólares, chegando a 100 bilhões de dólares anuais até 2020, para ajudar países pobres e em desenvolvimento a lidar com as mudanças climáticas. O Brasil certamente não receberá nada deste fundo, porque não é mais considerado pobre, muito pelo contrário, deve entrar no rol dos financiadores do Fundo. Ainda como positivo, está o comprometimento, não oficial é verdade, de continuar com as metas do Protocolo de Kyotto, após 2012 quando ele expirará, por parte de países importantes, tais como Japão, Alemanha, Canadá, França, etc.
Como pontos negativos, ressaltamos o principal - a ausência e a falta de comprometimento com alguma meta, por menor que seja, por parte dos dois países mais poluidores do mundo: Estados Unidos e China. Com efeito, sem a colaboração desses dois países, muito pouco se alcançará nos próximos anos em termos de cuidados com o clima. E ainda como ponto negativo, o desacordo em torno da prorrogação, após 2012, do Protocolo de Kyotto, documento oficial de redução de emissões, com metas para aqueles países que a ele aderiram.
Enfim, o balanço não deixa de ser positivo, principalmente em virtude da criação do Fundo Verde. O Brasil já é contemplado com os recursos do Fundo para a Preservação da Amazônia, vindos principalmente da Noruega e que podem chegar a cerca de 1 bilhão de dólares anuais. Esperemos que tais recursos sejam bem empregados e não se percam nos meandros da corrupção e da burocracia burra.

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